sábado, 6 de outubro de 2012

Por onde andam as palavras?

As palavras foram enclausuradas em potinhos de cristal.
Para que o poeta pudesse usá-las. 
Acenam loucamente para que possam ser escolhidas.
Imploram pelo seu olhar.
Mas o poeta escolheu-as cuidadosamente 
Deleitando-se com o poder que cada uma possuía.
Fechava os olhos e deliciava-se com seus sabores.
Mas as palavras precisavam de liberdade 
Quem as libertariam?
Sinceramente não sei.
Mas acredito que os poetas saibam. 
Pois, a cada verso, estes procuram palavras que não conhecem.
Além da sua busca incessante pelas palavras que conhecia e, por ventura, as tinham perdido. 
Então, queridos poetas, libertem as palavras!
Enclausuradas elas não têm sentido.


 Juliana Santana

Nenhum comentário:

Postar um comentário